Um livro para ler, um braço para encostar, um olhar para fazer dormir o que não sossega... Soluções esgotadas, intenções abafadas, mãos atadas e pés alados para fazer dançar aquilo que escorrega e escorre por um corpo que teima em ser são... Horizonte limitado pelas mesmas palavras e sonhos: para onde ir se para lá da porta não há encanto? Só uma beleza vindo de ilusões que colorem o buraco negro ou cinza ou vermelho-sangue e uma vida emergindo do sofrimento revestido e da solidão que empurra para um abismo de relações sustentadas por um bárbaro barbante, entres seres e coisas sós, inanimados e cruelmente animados para assistirem a um espetáculo em que são sarados daquilo que dói em silêncio... O fim tão próximo: na pele que mostra o limite e se arrepia e esfria e procura o calor que ilude para manter o esqueleto ereto... Um livro para escrever, uma mão para acarinhar, uma boca para sorrir e cuspir o que faz engasgar... O destino tão distante, que aparece por tentar se esconder... Horizonte ilimitado, nas palavras e nos sonhos: para que ficar se para cá da porta só há desencanto?
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2 comentários:
"Leia o livro: UNIVERSO EM DESENCANTO; a verdadeira LUZ da humanidade" TM
"Não me iludo... Tempo Rei" GG
"O destino tão distante, que aparece por tentar se esconder..." MNA
fiquei feliz ao ver destacada essa terceira citação... :-)
mas ficou uma dúvida: isso foi uma tentativa de interpretação 'construtivista-semiótica-cultural'?? rs...
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