20 setembro 2007
Perdeu o sonho e sorriu. Abriu a gaiola e ele escapou: seu lugar era o céu. Pés no chão, cabeça pousada no abraço, fincada num espaço que se habita. Perdeu o céu e ganhou um chão: que parecia uma porta ou um sofá para se sentar. E o viu ao seu lado, refletidos na tela, e os olhares se cruzando e ela tentando fugir e sumir mas ele não deixava e a criava num lugar no espaço seu... O tempo corria rápido no peito e no silêncio era suspenso e contava o que não se pode pedir... “Mas eu não quero brincar, só quero ficar e pousar no seu abraço que me protege e me deixa voar no corpo seu que me cobre e encolhe meus sonhos por me dar a vida que espera lá fora enquanto estamos brincando que tudo existe, quando estamos a sós...”
14 setembro 2007
03 setembro 2007
Respinga
O resmungo
Da voz que não cansa
De respirar
Respinga
E quase molha
Um corpo que almeja
O desejo de transpirar
Resmunga
Desdenha
Desenha
O chão que sustenta
E suspende meu corpo
No ar
Explica
Suscita
Me excita
E minta
Que o pavor da tua voz
É me ver, de vez,
Entrar
Murmura
Teu grito
Me cala com o açoite
Que é o silêncio
E resmunga
E respinga
A dor do teu corpo
Ao me entregar
O resmungo
Da voz que não cansa
De respirar
Respinga
E quase molha
Um corpo que almeja
O desejo de transpirar
Resmunga
Desdenha
Desenha
O chão que sustenta
E suspende meu corpo
No ar
Explica
Suscita
Me excita
E minta
Que o pavor da tua voz
É me ver, de vez,
Entrar
Murmura
Teu grito
Me cala com o açoite
Que é o silêncio
E resmunga
E respinga
A dor do teu corpo
Ao me entregar
Assinar:
Postagens (Atom)