22 março 2007

Um livro para ler, um braço para encostar, um olhar para fazer dormir o que não sossega... Soluções esgotadas, intenções abafadas, mãos atadas e pés alados para fazer dançar aquilo que escorrega e escorre por um corpo que teima em ser são... Horizonte limitado pelas mesmas palavras e sonhos: para onde ir se para lá da porta não há encanto? Só uma beleza vindo de ilusões que colorem o buraco negro ou cinza ou vermelho-sangue e uma vida emergindo do sofrimento revestido e da solidão que empurra para um abismo de relações sustentadas por um bárbaro barbante, entres seres e coisas sós, inanimados e cruelmente animados para assistirem a um espetáculo em que são sarados daquilo que dói em silêncio... O fim tão próximo: na pele que mostra o limite e se arrepia e esfria e procura o calor que ilude para manter o esqueleto ereto... Um livro para escrever, uma mão para acarinhar, uma boca para sorrir e cuspir o que faz engasgar... O destino tão distante, que aparece por tentar se esconder... Horizonte ilimitado, nas palavras e nos sonhos: para que ficar se para cá da porta só há desencanto?

2 comentários:

Danilo SG disse...

"Leia o livro: UNIVERSO EM DESENCANTO; a verdadeira LUZ da humanidade" TM

"Não me iludo... Tempo Rei" GG

"O destino tão distante, que aparece por tentar se esconder..." MNA

Marina disse...

fiquei feliz ao ver destacada essa terceira citação... :-)
mas ficou uma dúvida: isso foi uma tentativa de interpretação 'construtivista-semiótica-cultural'?? rs...