09 novembro 2006

As sensações não me enganam
e hoje eu não preciso dizer nada
- nada é só o que sei

A certeza das incertezas
A continuidade dos caminhos descontínuos
A impressão de que um passo a mais é um passo a menos:
o que passou é o que ficou
e o que é pode vir a ser

Entre fugas, esconderijos, medos
Entre olhares que se cruzam e se evitam
Entre encontros que se desencontram

As palavras que tocam
As músicas que perseguem os caminhos...
hoje é o que eu posso ser,
na esperança cruel que sustenta as ilusões, os sonhos e o futuro

O por vir se delineando nas mãos de um artesão
que delicadamente se alia ao tempo
Tempo que revela e apaga

Te espero? Acho que sim
A busca pelo o que não se sabe o que é,
a teimosia do querer

Seus olhos fugitivos que eu não sei para onde olham
mas que eu quero para mim

Devaneios tão particulares e tão comuns
Distâncias que aproximam
Desejo que escapa e se esconde
(sossego)
Desejo de união e solidão

Palavras –mistério
Silêncio que fere e alimenta
A ausência possibilitando a existência
A presença revelando a indiferença

Sonhos:
reminiscências do que já foi
e anseio do que será

mais um dia, mais uma noite, mais um você
nem uma palavra, nem uma imagem
nenhum, ninguém

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Marina, visitei teus poemas e quis te deixar um bj. e um desejo de um ótimo fim de ano!
Matias