12 junho 2007

Sua voz a constrangia, por isso permanecia calada. Não se atrevia a quebrar o silêncio. Nada, nada poderia quebrar. Ao redor, tudo cristal- o barulho todo cristalizado: o silêncio. Calada, ouvia vozes fundidas. Fluía truncada, trocada por ela, por ele, “essas trocas fáceis...”- como se fosse fácil trocar. Sabia que não e compreendia, como se compreender a tornasse mais real, mas sabia que não e calava. Muda, queria também não ter olhos e queria não ter modos e formas: e fundir, fugir, latir- como um cão sem dono, sua forma original. Entre gente correndo incerto comendo credos restos com dentes com medo, completo.

Um comentário:

Anônimo disse...

opa, achei aqui!
os temas e associações rocambolescas entregam sua profissão!! hehe
bem legal, frequentarei.
só falto contar a história do cigarro!