25 junho 2007

“É assim porque escolhemos viver na montanha-russa...”, ele disse. Era de uma clareza estranha, talvez eu começasse a me ver de fora. O olhar que eu buscava estava em mim, assim como o filme que se assiste no momento da morte... os momentos indo como a coluna se recompondo vértebra a vértebra e um fio dourado as puxando, alinhando o que sustenta. Talvez da forma inversa, mas talvez seja assim... da transcendência à solidão à liberdade ao encontro ao retorno à luz ao natural. Ir para voltar e dar o desfecho e o sentido e o sabor de um instante que se prolonga, a vida ávida. Eu era tocada, assim como tudo mais que é criado por mãos que tateiam dando a forma..., e tudo é. Se o tudo existisse, poderia ter o meu nome e ser aquele dia... mas faltou você.

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