16 outubro 2006

“Não precisamos de satélites
Quem carece de cabos?
Ondas invisíveis?
Pra quê?
Pra quê?
Eu só preciso
Das minhas pernas
Pra chegar até você
Mas eu só
preciso
das minhas pernas
Pra chegar...
Até você
Pra processar minha mensagem
Só ouvidos não bastam
Eu quero que você veja
Mais do que o outro vê
Você não me desliga
Eu não desligo você...”

Ouvindo “Ligação direta”, Mundo Livre S/A

É só o calor voltar para eu não conseguir ficar aqui dentro... para onde ir?
Saí por aí, reencontrei algumas das minhas fantasias
O ar quente, mormaço, o sol que esquenta e queima
Pele à mostra, corpos pedindo proteção
Crianças na beira d’água, sorriso pueril
O pensamento voa, como o avião que ultrapassa as nuvens
“O céu, o sol, o mar”, a música que não desgruda do ouvido e faz lembrar o verão
Verão, ócio, futuro
Reencontrei algumas das minhas fantasias
Vontade de me esconder no mato, de ser livre à beira mar
“Tudo é tão simples, não?! A gente que complica...”
A tentativa de camuflagem na natureza, de fusão com os instintos naturais
De fugir retornando ao original
“O quê?! Não entendi...”
Abro o jornal, alguns filmes em cartaz
‘Pintar ou fazer amor’ que, segundo a crítica, são duas formas de reencontro com a natureza (talvez... eu penso, “hoje eu não quero pensar”)
O concreto não absorve a chuva
Concreto, concreto
“Abstrai isso, vai...!”
É melhor eu sair por aí, mesmo...

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